Não sei vocês, mas eu desde pequenininha adoro tomar banho de chuva. Tirava a roupa e entrava embaixo da biqueira do telhado, quando morava na casa da minha infância nas Graças, onde comia goiaba no pé e criava uma multidão de galinhas. Até hoje eu sou assim. Acabo de chegar da rua, onde a chuva me surpreendeu batendo perna na São Clemente, sem que eu estivesse portando nenhum item possível de se estragar. Foi a glória: todo mundo correndo em busca de um guarda-chuva, e eu curtindo os pingos, a sensação de ter o mundo derretendo sobre mim, a liberdade imensa que é chapinhar nas poças de água e sentir o cabelo escorrer. Gosto tanto disso que quando morava em Casa Forte, olhava pra Nano assim que o céu ficava cinzento, e saíamos juntos na chuva, pra cantar e dançar.
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